SOS Racismo
A MICAR, Mostra Internacionalde Cinema Anti-Racista, convidou a comunidade a desenvolver trabalhos originais, sob a forma de cartaz em volta do tema da intervenção Anti-Racista. Desta forma, foi proposta a apresentação de projetos de design para uma intervenção gráfica num espaço público sobre o mesmo tema. Através desta intervenção, deveria surgir uma adaptação para o um cartaz a ser submetido à chamada da SOS Racismo/MICAR. Posto isto, o projeto deve respeitar o tema, procurando comunicar visualmente a mensagem de Ativismo Anti-Racista, respeitando os valores do Movimento SOS Racismo.
O conceito deste projeto é baseado numa ação que a maioria das pessoas faz sem
pensar nas consequências que este gesto/ação poderá disputar, o “apontar o dedo”
ao outro. O “apontar o dedo” é um ato muito comum na sociedade, infelizmente. É quando alguém julga a outra pessoa, faz um gesto e por vezes acompanhado de palavras
sobre ela sem sequer pensar que o que esta a fazer, sendo um ato completamente
incorreto e que pode prejudicar muito a pessoa julgada. Este gesto é muito presente na discriminação, e é alimentado por todos os preconceitos presentes atualmente na nossa sociedade, que devem ser eliminados de vez. O combate a todos os preconceitos deve ser travado através da educação que deve ter como base a compreensão do mundo e das diferenças, tendo sempre como objetivo a afirmação da igualdade de direitos e deveres que todos temos uns com os outros, independente de sexo, género, cor, orientação sexual, crença ou situação económica.
Como dito, este projeto é baseado exatamente no “apontar o dedo” ao outro, tendo como objetivos: primeiramente que o espectador do cartaz ou do mural se sintam julgados, ou seja que se sintam no lugar de como é realmente ser apontado e julgado por outro; por outro lado que chame a atenção das pessoas perante este tema.
Com isto foram realizadas duas versões de cartaz. Na primeira versão podemos observar a fotografia de uma mão a apontar para o espectador do cartaz acompanhada de um “X” representando o proibido, neste caso proibido apontar para o outro. Para além disso, também está representada uma frase: “Tu aí, não julgues”, de forma a intensificar o conceito da fotografia.
Na segunda versão, o conceito é o mesmo, mas em vez de ser representada a fotografia de uma mão é representada uma ilustração de uma mão a apontar para baixo, que para além de apontar, esmaga a silhueta também ilustrada.
As ilustrações da silhueta e da mão foram realizadas da mesma forma que as letras, foram carimbadas com a mão e acrílico preto. O preto e branco presentes no cartaz são para simbolizar a neutralidade e despreocupação da sociedade perante alguns assuntos como o racismo, a xenofobia, os preconceitos à mulher entre muitos outros. Para além disso, o preto e branco dão muita força ao cartaz e funcionam muito bem justos perante todo o conceito do projeto.
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